Para muitas famílias e profissionais que convivem com crianças no espectro autista, encontrar atividades que unam estímulo motor, prazer e regulação emocional pode ser um desafio. É nesse cenário que o trampolim, também conhecido como cama elástica ou mini trampolim – se revela uma ferramenta surpreendente.

Mais do que diversão, pular no trampolim oferece benefícios terapêuticos que impactam diretamente o desenvolvimento motor, a concentração e o bem-estar das crianças com autismo.

1. Regulação sensorial através do movimento

Crianças com autismo muitas vezes apresentam hipersensibilidade ou hipossensibilidade sensorial. O trampolim ajuda a regular esses estímulos, pois o movimento rítmico dos saltos envia informações ao cérebro, organizando os sentidos e promovendo sensação de segurança.

2. Estímulo ao equilíbrio e à coordenação

O ato de se manter no trampolim exige ajustes constantes do corpo. Isso fortalece a percepção espacial e melhora a coordenação motora fina e grossa, aspectos essenciais para autonomia nas tarefas do dia a dia.

3. Redução da ansiedade e do estresse

O trampolim não é apenas físico – ele também promove calma emocional. A repetição dos movimentos traz previsibilidade, algo altamente positivo para crianças com autismo. Além disso, a liberação de endorfina durante a atividade contribui para relaxamento e melhora do humor.

4. Incentivo à socialização

O trampolim pode ser usado em atividades guiadas por terapeutas ou em momentos de brincadeira compartilhada com irmãos e colegas. Essa interação cria oportunidades de troca social e comunicação, respeitando o ritmo da criança.

5. Diversão que fortalece a adesão terapêutica

Ao contrário de exercícios tradicionais que podem parecer cansativos, o trampolim é visto pela criança como brincadeira. Isso aumenta a motivação e facilita a adesão em terapias que utilizam o recurso como parte do plano de desenvolvimento.

Como incluir o trampolim no dia a dia

• Integrar sessões curtas em casa, sempre com supervisão de um adulto.

• Utilizar como parte das atividades de fisioterapia ou terapia ocupacional.

• Alternar momentos de estímulo físico com pausas de relaxamento para potencializar os efeitos.

Movimento que gera calma

O trampolim se mostra um recurso poderoso no apoio a crianças com autismo: estimula o corpo, regula os sentidos e traz bem-estar emocional. Simples, acessível e prazeroso, ele transforma o movimento em um aliado do desenvolvimento e da tranquilidade diária.